peregrino do dia,
escrito no nada
expulso da sociedade.
O frio, fome, e nada são a tua companhia,
em cada amanhecer, em cada novo dia
chega o anoitecer, debaixo da ponte tens que te abrigar,
que o novo amanhã pode sim ou não chegar.
Peregrino da estrada, mendigo da sociedade
que te julga por tudo e nada,
não sabendo a tua história, magoa ou dor
pura falta de dignidade e amor.
Esta sociedade deteriorada
que luta, compete por objetivos vazios,
inspirados na falsidade, onde falta tudo
especialmente a lei da compaixão e caridade.
Os últimos da terra são os primeiros
quando chegarmos ao além espiritual,
não se podem esconder os erros ou hipocrisias
toda a verdade realmente é verdade.
Tu que me rejeitas hoje
num amanhã qualquer vais ter que mendigar a tua própria caridade.
Peregrino verdadeiro da mendigação,
não tenhas medo do frio ou solidão,
continua em amor preenchido na alma e coração.
Deus é soberano o caminho único amor e salvação,
sem impor qualquer condição
apenas ser amor sem julgamento,
para todos os que veem e vão.
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